Idosa que lutava há anos pelo primeiro registro documental de seu companheiro, falecido há 16 anos, tem sonho realizado no Maranhão
A história de Dona Maria é semelhante com a de milhões de brasileiros. A luta incessante pela garantia de direitos e pela promoção da cidadania é...
A história de Dona Maria é semelhante com a de milhões de brasileiros. A luta incessante pela garantia de direitos e pela promoção da cidadania é uma missão árdua para muitos. O patrimônio documental garante acesso à informação, além de registrar a história e a memória de alguém ou de algo. O valor é de fato imensurável.
Dona Maria, já idosa, há anos lutava para conseguir o primeiro registro documental de seu companheiro, este já falecido há 16 anos. Sem possuir quaisquer documentos do falecido, mas apenas uma certidão de óbito que também apresentava erros e omissões, não conseguia o tão pretendido pleito.
Um certo dia, Dona Maria então resolveu bater às portas da Defensoria Pública, sendo recepcionada pelo Núcleo Regional de Lago da Pedra-MA. As suas filhas sempre a acompanhavam e foram indas e vindas em busca de informações e orientações.
Atendidas frequentemente pelo defensor público Alex Pacheco Magalhães, foram necessárias inúmeras diligências e ofícios, a fim de possibilitar algum pleito perante a Justiça. Após inúmeros meses e colhidos alguns elementos, foi então ajuizada a Ação de Emissão de Registro Tardio de Nascimento e Retificação de Certidão de Óbito, a qual tramitou na 1ª Vara da Comarca de Lago da Pedra-MA.
Audiências foram necessárias e após a colheita de todas as provas, veio a tão esperada decisão. Dona Maria teve o sonho realizado e a dignidade garantida. Ao sair da sala de audiência, Dona Maria caiu aos prantos. Eram lágrimas de alegria, de emoção, de alívio e de gratidão. O defensor Alex foi carinhosamente e calorosamente abraçado por ela.
Dona Maria nunca perdeu a esperança de lutar durante anos por um simples direito, deixando uma grande lição de fé, de crença e de persistência.
O defensor Alex, “salientou que foi um caso marcante, pela fragilidade das provas e de informações que contínhamos. Foi desgastante e muito delicado conseguir o pleito, mas a Justiça prevaleceu. A história de Dona Maria nos ensina que nunca devemos desistir de lutar. São histórias como essa que nos motivam cada vez mais e nada paga a sensação do dever cumprido. O lema da Defensoria Pública é de garantir direitos e de transformar vidas. Assim, a Defensoria segue incansavelmente assistindo os interesses das Marias, dos Joões, dos Josés… espalhados por aí, com histórias e ensinamentos fantásticos”, destacou Magalhães.