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Compra de material de expediente, limpeza e pneus sob suspeita em Morros

Três empresas que pertenceriam a um mesmo grupo econômico foram contratadas pelo prefeito Sidrack Feitosa para fornecer os produtos....

Três empresas que pertenceriam a um mesmo grupo econômico foram contratadas pelo prefeito Sidrack Feitosa para fornecer os produtos.

Prefeito Sidrack Santos Feitosa (MDB)

Prefeito Sidrack Santos Feitosa (MDB)

Tem algo de muito estranho acontecendo na Prefeitura de Morros, sob a gestão do prefeito Sidrack Santos Feitosa (MDB). Pelo menos é o que aponta levantamento com base em documentos oficiais, onde são informadas todas as transações feitas na administração municipal. A reportagem descobriu que três procedimentos licitatórios resultaram na contratação de fornecedores que pertenceriam a um mesmo grupo econômico.

A compra se refere a fornecimento de material de expediente, limpeza, pneus e material de construção. Detalhe: existem indícios de direcionamentos na contratação das empresas que seriam do mesmo grupo empresarial.

A reportagem apurou que as três compras se deram de formas absurdamente estranhas. Na primeira delas, Sidrack Feitosa encomendou à empresa Vanusa dos Santos Comercio & Logística – cujo nome de fantasia é Comercial V S –, localizada na rua Boa Esperança, número 155 C, no Turu, em São Luís, a aquisição de materiais permanentes entre outros para atender as necessidades das mais diversas secretarias. Por 41 contratos, a atual gestão pagou pela encomenda, R$ 2.120.000,71 (Dois milhões cento e vinte mil e setenta e um centavos).

 

A empresa T. B. A. Bogea Comércio e Serviços Eireli – cujo nome de fantasia é T B Comércio e Serviços –, foi beneficiada com a segunda compra que teve o objetivo de adquirir diversos materiais tais como, mobiliário, equipamentos, brinquedo, material pedagógico entre outros para atender as necessidades das escolas e suas creches da rede municipal de ensino.

Além disso, a firma que fica localizada na Avenida 01, número 26, Loja 01 Térreo Área Remanescente 02, na Cohama, capital maranhense, também foi contratada para fornecer a mobília e equipamentos médico hospitalar para as unidades básicas de saúde. Ao todo, foram 25 contratos, que somam R$ 1.986.759,05 (Um milhão novecentos e oitenta e seis mil setecentos e cinquenta e nove reais e cinco centavos).

O levantamento com base nas informações oficiais mostra que a empresa L.G.DE.O. Rocha Comércio e Serviços Eireli – cujo nome de fantasia é Distribuidora L & G – fecha o suposto esquema de corrupção com 56 contratos, que somam R$ 5.605.557,83 (Cinco milhões seiscentos e cinco mil quinhentos e cinquenta e sete reais e oitenta e três centavos). A companhia foi contratada para fornecimento de material de higiene e limpeza, além de material informática para a administração do medebista.

A reportagem fez os cálculos e descobriu que pelos 122 contratos com as três empresas, o erário público pagou R$ 9.712.317,59 (nove milhões setecentos e doze mil trezentos e dezessete reais e cinquenta e nove centavos). Além disso, também tomamos conhecimento que a série de denúncias contra o chefe do executivo morruense pode motivar denúncias no Ministério Público Estadual e vários pedidos de impeachment na Câmara Municipal.

Além das irregularidades que já vieram à tona, nos próximos dias vamos publicar uma matéria revelando um suposto esquema de desvio de dinheiro com a contratação de parentes do prefeito. Sidranne Rabelo Feitosa, filha do prefeito de Morros, seria uma das supostas beneficiadas. Ela, inclusive, teria acionado o pai na justiça num processo de ação de alimentos. Será se o gestor, que é advogado, teve coragem de usar o erário público para pagar a pensão alimentícia?

Com a palavra – se é que falam ou fazem algo – a Promotoria de Justiça da Comarca de Morros e o Tribunal de Contas do Estado.

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