Farra das diárias pode complicar coordenador de órgão indígena no Maranhão
Vereador de Grajaú, Arão Marizê Lopes (PMN) A farra de diárias que vem ocorrendo no Distrito Sanitário Especial Indígena...

Vereador de Grajaú, Arão Marizê Lopes (PMN)
A farra de diárias que vem ocorrendo no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Maranhão, pode complicar ainda mais a situação do coordenador-geral do órgão, Alexandre Oliveira Cantuária, caso sejam instaurados inquéritos para apurar denúncias que apontam indícios de corrupção envolvendo servidores públicos, políticos e empresários.
De acordo com documentos encaminhadas anonimamente ao blog do Antônio Martins, rios de dinheiro escorrem da infindável fonte do tesouro nacional. E o grupo que se banha nela se restringe ao grupo ligado a Alexandre Cantuária. Além de garantir um contrato para sua esposa Tacyana Schmidt, através de uma ONG que tem como objetivo a contratação de pessoal, por meio de terceirização, para atuar nas equipes de saúde indígena no Maranhão, Cantuária transformou o Dsei-MA num escoadouro de dinheiro público.
Os indícios comprovando a ação criminosa que estão vindo a público a partir de denúncias anônimas encaminhadas pelo blog, mostram que um dos beneficiados da farra das dias, foi o vereador de Grajaú, José Arão Marizê Lopes, o Arão(PMN). Segundo os documentos, entre 2016 e 2017, o governo estadual repassou, sem qualquer processo licitatório, quase R$ 2.500, ao parlamentar que se intitular ‘líder’ indígena naquela cidade.
Arão não dispensa nem as merrecas saídas dos cofres públicos. Em 2016, embolsou R$ 153 reais para ir a uma ‘reunião’ da Comissão Estadual de Políticas Públicas para os Povos Indígenas (Coepi/MA), coordenada pela Secretaria de Estados dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), que foi realizada nos dias 27 e 28 de julho daquele ano.

Diárias pagas pelo governo do estado ao ‘líder’ indígena Arão
Outro ‘líder’ indígena que teria participado da ‘farra das diárias’ foi Edilson Krikati Cryhcryh. Segundo as denúncias, o governo federal também repassou, sem qualquer processo licitatório, mais de R$ 13 mil reais, a ele. A grana teria sido depositada entre os anos de 2009 e 2014. Edilson Krikati abusou dos “benefícios”, com dinheiro público, que em alguns casos, foram pagos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Maranhão, subordinado à Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), órgão do Ministério da Saúde criado no fim de 2010 para assumir a saúde indígena no lugar da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), alvo de denúncias de irregularidades.
Nos dois casos, a maioria dos pagamentos foi justificada como “Diárias a colaboradores eventuais” para bancar viagens para diversos lugares do país. O colaborador eventual é uma pessoa física sem vínculo funcional com a administração pública, mas que recebe alguns benefícios sob a forma de prestação de serviços, a órgãos federais, estaduais, municipais, autárquicos ou paraestatais.

‘Líder’ indígena recebeu mais de R$ 13 mil em diárias pagas pelo governo federal
A série especial continua amanhã, quando o blog vai mostrar outro negócio lucrativo com o dinheiro público que envolve o Dsei-MA: a contratação de empresas para fornecimento de alimentação e mão de obra. Uma das firmas contratadas foi a Serviceline, do Pará. Além disso, vamos mostrar dados revelados pela auditoria da CGU que envolve irregularidades praticadas pelo Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira). Aguardem!